Filho de pais nazarenos Silvino do Carmo Batalha nasce na Nazaré a 19 de Maio de 1951. Em 1967, com apenas 16 anos faz a sua estreia no folclore do Grupo de Danças e Cantares Mar-Alto – Círculo Cultural da Nazaré, onde permaneceu até 1969, fazendo um interregno até ao ano de 1974, voltando novamente no ano seguinte.
Ainda criança, o fado começa a fazer parte da sua vida, no entanto, afirma que foi através do folclore e do cantar nazareno que a veia fadista se desenvolve. No início, apenas cantava o fado para amigos e familiares, fazendo a sua estreia em público, num restaurante na cidade de Lourenço Marques, em Moçambique, no circuito denominado “fado vadio”, com 19 anos. Com 21 anos, estreia-se nos palcos de teatro, na cidade de Nampula. Depois desta primeira atuação em público, como fadista, decide que era o fado o seu “grande amor de uma vida”. Regressado à sua terra natal em 1975, depois de uma vida de trabalho em Lourenço Marques, onde também vivia e onde fez carreira militar.
Logo no seu regresso, e sabendo o então Presidente do Grupo Desportivo “Os Nazarenos”, o seu gosto e aptidão para o fado, é convidado para fazer parte de um espetáculo de variedades, cuja finalidade era a angariação de fundos para erguer uma cerca em volta do Campo de Futebol. Esta aparição valeu-lhe o convite para fazer parte, pela primeira vez, de um elenco de fadistas que atuavam na Cave da Viela, situada no Sítio da Nazaré. Começa então a cantar noutras casas de fado, nomeadamente em Lisboa: Solar da Hermínia Silva, Hotel Ritz, Adega Machado, bem como em restaurantes, bares, cafés, hotéis, discotecas, casas particulares e eventos particulares de empresas. Na Nazaré, cantava em bailes, na Biblioteca Municipal aquando do Dia do Pescador, no Teatro Chaby Pinheiro, Mar-Alto, Cine-casino Paraíso, Casino Salão de Festas, Associação Recreativa Pederneirense, etc., fazendo no Carnaval, parte de algumas cegadas, cantando letras adaptadas ao fado.
Ao longo da sua carreira, tem sido convidado para diversos espetáculos de solidariedade, e de entre todos o que mais o comoveu foi ajudar as vítimas do terramoto dos Açores, ocorrido no ano de 1980, que deu origem à “Operação Pirâmide” a nível nacional. Esta sua veia solidária, estendeu-se tanto a pessoas singulares como coletivas: Bombeiros Voluntários de Alcobaça, Rádio Nazaré, Cercina da Nazaré, Bombeiros Voluntários da Nazaré, onde em 1977 integrou o Festival da Canção desta Associação, onde interpreta um fado-canção. Na maioria das suas atuações, foi acompanhado na guitarra portuguesa por José Alves, Joaquim Mimi, Frederico Bulhões, bem como muitos outros. Na viola, Vitorino Rocha, Silvino Pais da Silva e Mário Maduro.
Em 1986 ausenta-se novamente do país, ausência essa que durou 26 anos. Nas suas palavras, “a partir de 2013, com todo o tempo do mundo, continuo a cantar o fado por ai, sempre disposto a ajudar quem precisa de ser ajudado”.
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